Nesta obra, Paulo Cotias analisa o neofascismo como fenômeno caleidoscópico, ou seja, multifacetado, com manifestações muitas vezes silenciosas e subliminares. Daí surgem as 12 lições que motivam o título do livro e seus capítulos.
Historiador, especialista em Docência Superior e mestre em Educação, Cotias aposta na linguagem clara e objetiva aliada a uma detalhada – e necessária – contextualização histórica. Logo de início, um alerta: “Cuidado com o academicismo”.
“Tratar o neofascismo com eufemismos ou outros nomes menos comprometedores – como “populismo de direita”, “extrema direita” ou “conservadores” – é fazer seu jogo. Ele, como veremos, não pode vir à luz com esse nome. Não quer isso”.
Nas páginas seguintes, o autor segue com o dedo na ferida. Na lição 4 – “O neofascista precisa de arautos” –, afirma: “O neofascista se admira no espelho, mas é temeroso das leis, ética e civilidade, que acredita que o oprimem e podem punir. Por isso, reluta, esperneia e revolta-se se for percebido clara e publicamente como tal. É como a retirada vergonhosa de um disfarce.”
Confira o sumário:
Introdução | 8
Lição 1 – Cuidado com o academicismo | 18
Lição 2 – O neofascismo tende a se unificar | 28
Lição 3 – O neofascismo é envergonhado de si | 36
Lição 4 – O neofascismo precisa de arautos | 40
Lição 5 – O neofascismo precisa de seguidores | 48
Lição 6 – Democracia em desencanto | 54
Lição 7 – O neofascismo precisa de inimigos | 74
Lição 8 – O neofascismo precisa de uma estética | 80
Lição 9 – O neofascismo precisa de um braço armado | 88
Lição 10 – O neofascismo precisa de um multiverso | 96
Lição 11 – O neofascismo precisa de uma fé | 104
Lição 12 – O neofascismo precisa de um algoritmo | 118
Epílogo – O que compreender para que o neofascismo não prospere? | 124
Referências bibliográficas | 142